O Brasil vive um momento de problematização em relação ao seu sistema penitenciário. Além da superlotação, que demonstra patentemente que existe um problema de condução do sistema, a baixa efetividade no que tange a recuperação do apenado é outro problema grave, que em estudos científicos atinge números altos. Os reincidentes chegam a 29% da população carcerária no estado de São Paulo, onde as pesquisas mais detalhadas aconteceram. Em 1991, em nova pesquisa, o número era de 46% nos mesmos moldes. Para nos aprofundarmos no assunto, levamos em consideração o histórico do sistema penitenciário brasileiro, seus primeiros conceitos e o histórico de superlotação, que acompanha o apenado preso desde o início das casas de detenção aos moldes que conhecemos nos dias de hoje, afirmando assim que este não é um problema novo e que na verdade acabou se enraizando dentro de um contexto de muita punibilidade e pouca ressocialização.